quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Speed to Fly

Texto traduzido por:Leandro Dorta

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Speed to Fly para pilotos de parapente

A expressão Speed to Fly representa os ajustes na velocidade de um parapente em relação ao vento, sustentação e afundamento. Maximizar o planeio baseado nesta relação é um processo constante durante o vôo. O STF é peça chave não apenas para torná-lo um melhor piloto, mas também para construir uma conexão entre você e a asa.

Este artigo foi escrito para fornecer o básico sobre o STF e sobre as técnicas para ajustar sua velocidade baseado nessas variáveis. Existem ferramentas que você pode usar (anéis de velocidade em variômetros ou GPS), mas nem todos os pilotos possuem esses instrumentos. Além disso, aprender a voar sem instrumentos é uma grande parte do aprendizado como piloto.

Aprender a ajustar o STF continuamente enquanto voa pode ser feito com simples observações. Se você deseja aprender a parte matemática envolvida, muitos artigos da internet versam sobre isso utilizando a curva polar. As equações matemáticas funcionam funcionam para alguns, mas nem todos são bons com números ou gráficos. É importante aprender a teoria, então praticar afinar o completo entendimento. Tendo uma boa compreensão sobre o STF o ajudará a voar mais alto, ir mais longe e melhorar seus sentidos a respeito de vento e sustentação.

O básico se aplica tanto para o lift na encosta do morro, quanto para o voo térmico. Os principais fatores que interferem no STF são apenas 2: direção do vento relativo e sustentação ou afundamento.

Generalizando, os ajustes envolvidos no STF são:

Em Térmicas (ou lift) / Descendentes

· Voe devagar em termica/lift

· Voe rápido em descendentes

Com vento frontal / caudal

· Voe rápido com vento frontal

· Voe devagar com vento caudal

Depois, você tem que aprender porque cada afirmação dessas é verdadeira. Em cada descrição abaixo, elimine o segundo conjunto de variáveis e imgine que há apenas uma. Para as descrições de vento, entenda que não há térmicas/lift ou descentes nem descendentes, e para as descrições em momentos de térmica/lift ou descentes, descosidere vento frontal ou caudal.


Voe mais rápido com vento frontal

Talvez esse seja o fundamento mais fácil de aprender. Em condição calma (sem vento e sem térmicas ou descendentes), a maioria dos parapentes obtém seu melhor planeio na velocidade trimada, ou muito próximo dela. Geralmente eu afirmo que para qualquer vento frontal acima de 20 – 25km/h, sem térmica ou lift, sua melhor STF será muito próxima do ponto de full acelerador.

clip_image001Quando voando com vento frontal, voar rápido é a regra básica. Se o vento for menor do que 8km/h, o acelerador não aumentará o planeio significativamente.

Quando o vento estiver entre 20 – 25km/h, a maioria dos parapentes necessitarão mais aceleração para obter seu melhor planeio.

Isto é muito fácil de se ver em uma situação de vento forte. Imagine-se a uma altura de 35m acima do chão, voando em com vento frontal de 32km/h. Na velocidade trimada da vela, você descera praticamente reto até o chão na taxa de afundamento de sua vela na velocidade normal. Você pousará no ponto exatamente abaixo de você. Se você voar abaixo dessa velocidade, voará para trás. Se você voar mais rapidamente (acelerado), você melhorará seu planeio através do movimento para frente. De fato, você descerá rapidamente devido a um leve aumento em seu afundamento, mas você terá o deslocamento frontal que será maior.

Com ventos mais suaves não fica tão fácil de imaginar. Imagine-se a 35m do solo, voando com vento frontal de 8km/h. Voando mais devagar encurtará seu planeio. Voar full speed também encurtará seu planeio. Para maximizar seu planeio, algo em torno de 25 a 50% do acelerador deve funcionar. Perceba que em ventos frontais suaves, a diferença de planeio não é tão significante como em ventos mais fortes, mas ainda assim significante no contexto geral. Eu digo que em ventos de até 8km/h a velocidade padrão da vela seja suficiente.

Tenha em mente que os ranges de velocidade que estamos analisando são generalizações e não são aplicáveis a qualquer vela.

Em resumo:

· Não use acelerador sem vento ou com ventos frontais muito suaves

· Use full speed em qualquer vento acima de 25km/h

· Entre 10 – 20km/h o acelerador deve ser usado progressivamente.

·

.clip_image003Os números abaixo representam o range do acelerador. 6 é o ponto onde o acelerador começa a atuar. 12+ é o ponto de full speed. O range tem ligação com a velocidade do vento.

Esta é uma visão geral, cada vela altera esse range. O Mais importante é compreender a necessidade de voar rápido com vento frontal. Para Qualquer vento acima de 20Km/h, a vela irá, na maioria dos casos, ter o melhor planeio em full speed.

Voe mais lentamente com vento caudal Este conceito é muito parecido com o anterior, mas ao invés de acelerar com o aumento do vento, você voará progressivamente mais lento com o aumento do vento caudal. Aqui o menor afundamento é como no caso de full speed do anterior. Aqui, o menor afundamento ocorre na velocidade mais lenta que você puder voar sua vela. Em qualquer vento caudal acima dos 25km/h você terá seu melhor planeio voando na velocidade de menor afundamento. Por conta desses 25km/h extras na sua velocidade em relação ao solo você aumentará sua velocidade em vôo. Qualquer tempo ganho em vôo fará com que você voe mais longe. A combinação entre seu menor afundamento e alta velocidade em relação ao solo (velocidade do vento + velocidade de vôo) o ajudarão a aumentar seu planeio ao máximo. Sendo que a velocidade de mínimo afundamento maximiza seu tempo em vôo, voar lentamente o ajuda a voar mais longe com vento caudal.

clip_image005Voe lentamente com vento caudal

Quando voando com vento caudal, voar lentamente é a regra básica. Se o vento caudal for menor que 8km/h, os freios não ajudarão em nada. Quando o vento for acima de 25km/h, a maioria das velas atingirão seu maior planeio próximo da velocidade de menor afundamento.

Muitos parapentes atingem seu melhor planeio sem vento ou muito próximo de sua velocidade de projeto. Com um vento caudal de 25km/h a maioria das velas atingirão seu melhor planeio na velocidade de mínimo afundamento, ou muito próximo disso. Com vento caudal suave, até 8km/h, não surtirá nenhum efeito positivo ao se atuar nos freios. Mas para ventos acima de 8km/h isso começa a se tornar muito mais significante. Entre 10 e 20km/h, você voará progressivamente mais lento atuando nos freios o mínimo próximo de 10km/h até o máximo de freio possível quando o vento for mais forte.

Nota: Cuidado para não estolar a vela.

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Voe lentamente em térmicas ou lift

A regra com térmica ou lift é bem clara, pois se você puder se manter ou subir, obviamente seu planeio se extenderá. Se de fato você estiver subindo, para maximizar sua taxa de subida, você terá de voar em sua menor taxa de afundamento.

A qualquer momento em que o ar esteja subindo, no mínimo na mesma velocidade que sua taxa de afundamento, voar na taxa de menor afundamento o levará mais longe. Você deve ter notado que um padrão está se desenvolvendo aqui. Sem térmica/lift você inicia com a velocidade de projeto de sua vela e progressivamente vai buscar a velocidade de menor taxa de afundamento. Para qualquer térmica/lift que exceda a taxa de menor afundamento de sua vela, você subirá mais rápido se voar na na velocidade da taxa de menor afundamento. Quanto mais rápido você subir, mais alto você chegará e com altura vem distância.


Voe rápido em descendentes

Isto é verdadeiro pois você ficará menos tempo na área onde o ar está descendo. Durante esse tempo, voar mais rápido torna-se somente mais um fator de quão rápido você está descendo. Este é um dos mais difíceis de ser percebido, então você terá que usar seu vario para verificar a taxa de afundamento, ou referências visuais.

Iniciando sem térmica/lift, você voará na velocidade de projeto de sua vela. Se a sua vela tem uma taxa de afundamento de 1,32m/s como melhor L/D (velocidade de projeto) e a descendente que você se encontra tem uma velocidade de 1,22m/s, você descerá à uma taxa de 2,54m/s se continuar a voar na velocidade de projeto da vela. Voando mais rapidamente você descerá a uma pequena porcentagem da velocidade que foi aumentada. Em todos esses exemplos, é simplesmente um vetor entre o comportamento da velocidade ou taxa de afundamento para ajudá-lo a voar mais longe.

Aplicações no “mundo real”

Na maioria do tempo há misturas entre vento e fatores de sustentação/descendente. Você pode encontrar uma descendente e vento frontal no mesmo momento. Esta é fácil já ambas as situações pedem que se aumente a velocidade. A combinação o levará a voar mais rápido. Em contrapartida, você pode simplesmente entrar em uma termal com vento frontal. Com este tipo de situação, você precisará julgar qual é o fator dominante. Se a nessa situação a termal é forte o suficiente para se manter ou subir e for possível voar a uma velocidade próxima da velocidade de menor afundamento e continuar voando em frente, então você deve continuar voando nessa velocidade (se a térmica for o fator preponderante). Mas se a térmica não for tão forte e o vento frontal for forte (se você não estiver avançando na velocidade de menor afundamento), então o vento será o fator preponderante nessa situação. Fica mais fácil de notar qual o principal fator quando você tem referências no chão para checar.

Imagine-se fazendo a aproximação de pouso em uma área que contenha árvores, incluindo uma na reta final de aproximação. O topo da árvore está em frente à área de pouso. Conforme você plana para o pouso, você pode usar o topo da árvore para ajudá-lo a ajustar o STF. Referenciando o movimento relativo do topo dessa árvore em relação à área de pouso, você pode determinar onde seu planeio o levará, se passará da árvore ou não. Se o topo da árvore está se movendo para baixo em relação ao campo, seu planeio o levará além da árvore. Se for perfeitamente parado em relação ao plano de fundo, seu planeio o colocará exatamente sobre o topo da árvore.

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Quando uma referencia em sua frente se move para cima em relação ao seu plano de fundo, seu planeio será curto em relação a este ponto.

Quando você se encotra numa situação como esta, ajustar sua STF para melhorar seu planeio poderá ser verificada quando o ponto de referência passar a se mover mais lentamente para cima. Em alguns casos, você pode inclusive melhorar seu planeio o suficiente para fazer com que o ponto de referência comece a se mover para baixo, significando então que seu planeio passará o objeto.

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Quando a referência em sua frente se move para baixo em relação ao seu plano de fundo, seu planeio passar esse ponto.

Quando você se encontra nessa situação, ajustar sua STF para melhorar seu planeio pode ser identificado quando o ponto de referência passar a se mover para baixo mais rapidamente.

Como usar pontos de referência para ajustar sua STF? No sentido mais simples, você ajusta sua velocidade com a meta de de melhorar seu planeio via referências visuais. Se a árvore se move para baixo em relação ao campo, você tentará ajustar sua velocidade para maximizar o movimento “para baixo”, ou, se a árvore estiver se movendo para cima em relação ao campo, você fará ajustes para minimizar a velocidade com que ela está se movendo para cima.

Você pode olhar em várias direções e ter vários objetos para usar como referências cruzadas. Numa direção pode ser o topo de uma árvore, na outra o topo de uma montanha, em outra uma torre de rádio. Você pode usar até mesmo outros parapentes em sua frente se eles estiverem seguindo na mesma direção. Embora outros parapentes não sejam fixos, você pode melhorar seu planeio ajustando da mesma maneira que se os parapentes fossem objetos fixos. O ponto é que não importa em que direção você está voando, quase sempre há uma ferramenta visual para ajudá-lo a ajustar sua STF (A principal exceção aqui é quando você está muito alto sobre um terreno plano ou uma única montanha). Tenha em mente que somente referências em sua frente funcionarão efetivamente, referências laterais não funcionam (porque você não está voando em suas direções).

Usar um vario e outra ferramenta que pode ajudá-lo para ajustar a correta STF. Como descrito acima, você pode se manter ou subir em uma área de sustentação, então a menor taxa de afundamento será a correta STF. Em contrapartida, se na velocidade de menor afundamento, você estiver descendo, aumente sua velocidade. Se estiver descendo de moderada a rapidamente, então sua melhor STF incluirá um pouco de acelerador.

Usar as referências visuais pode ajuda-lo a evoluir para o próximo nível da STF. Após fazer os ajustes iniciais, você poderá tomar como referência um ponto a sua frente para ver se houve melhoras (is a referencia estava se movendo para cima em relação ao seu plano de fundo, agora e deve estar se movendo mais lentamente para cima, e vice-versa)

Todos os ajustes são um processo contínuo e nunca fixo. Quando há rajadas, você precisa ajustar sua velocidade (voar mais rápido com vento frontal) enquanto voar através de um vento como esse. Tão logo a rajada termine, você deve re-ajustar sua velocidade. Para cada alteração na sustentação (ascendente ou descendente), você usará as 4 regras acima como uma procura inicial para a correta STF. Se um fator for prolongado e o tempo permitir, você pode usar uma referência no horizonte para fazer o ajuste fino. Você pode inclusive usar outros parapentes em sua frente. A única regra difícil e rápida é que a referência tem que estar em sua frente.

O primeiro passo para aprender essa técnica e começar a combinar sua sensibilidade dos ajustes básicos. Então, você pode começar a melhorar seu planeio relativo através do gerenciamento do SFT com como uma melhor compreensão

Jeff Greenbaum (12-6-04)

Retirado de: http://paragliding-lessons.com/article/Speed%20to%20Fly.htm

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

feriado chegando e o tempo nao ajuda

E agora?!??! fazer o que no feriado?!?!

 

sem mais o que comentar.. ta desanimador mesmo…